São Thomé das Letras – MG

Viagem realizada em junho de 2019.

Feriadão de Corpus Christi chegou e aproveitamos para cair na estrada! Nosso destino da vez foi São Thomé das Letras, localizado na Serra da Mantiqueira, a 1.444 metros do nível do mar, no sul de Minas Gerais.

Muito já tinha ouvido falar sobre esse lugar místico e repleto de belezas naturais e posso dizer que voltamos encantados, passamos dias maravilhosos por lá!

Saímos bem cedinho do ABC-SP para evitar o trânsito e aproveitar o dia. Uma ótima decisão, o percurso foi bem tranquilo. Chegando próximo à cidade já é possível ver as montanhas com seus picos brancos, consequência da exploração do quartzito. A mineração é a principal atividade econômica da região, sendo a pedra de São Thomé, como é conhecida, utilizada em diversos tipos de revestimentos.

São Thomé das Letras encravada no alto das montanhas.

Nossa primeira parada foi na famosa Ladeira do Amendoim, localizada cerca de 4 km antes do portal de entrada de São Thomé das Letras. A entrada para a estradinha que leva até a ladeira se encontra à esquerda da rodovia. Percorre-se aproximadamente 2,5 km na estrada de terra até chegar ao local.

É ali que os veículos, desligados e em ponto morto, sobem o morro sozinhos! Existem algumas explicações para o tal “fenômeno”. Uma delas sugere o forte magnetismo do local, outra afirma ser apenas uma ilusão de ótica que, por conta do entorno onde essa ladeira está localizada, temos a impressão de nos encontrarmos em um aclive quando, na verdade, se trata de um declive. Só sei que muitos saem de lá encucados, a sensação é bem esquisita… rs.

Na Ladeira do Amendoim não há portaria, então a entrada é gratuita. É só chegar e fazer o teste! 🙂

A Ladeira do Amendoim está localizada um pouco antes do portal de entrada de São Thomé das Letras. Há esta placa na rodovia que indica a entrada para a estradinha de terra, mas está voltada para o sentido da cidade de Três Corações.
Aqui, uma van de turismo estava subindo sozinha, para espanto do pessoal que ali estava… rs.

No final dessa ladeira, encontra-se a Gruta do Carimbado, mas ela não está mais aberta à visitação. São Thomé das Letras é repleta de mistérios e um dos mais curiosos é que acredita-se que esta gruta tenha seu fim em Machu Picchu! Dizem que muitos já tentaram seguir até o final, mas nunca conseguiram, pois em dado momento do percurso o ar vai ficando rarefeito e a temperatura muito alta.

Após a divertida experiência na ladeira, seguimos para a Cachoeira Vale das Borboletas. Esta atração também está localizada antes do portal da cidade, a cerca de 3,1 km de São Thomé das Letras. Há placas na rodovia indicando a entrada.

Da rodovia, percorre-se uma estradinha de terra até a portaria. Pagamos R$5,00/veículo (junho/2019) para entrar. O local conta com estacionamento, restaurantes e barraquinhas de artesanato. No fundo da propriedade há uma curta trilha que leva até a cachoeira e outra que segue até um bonito poço de águas cristalinas, chamado Poço do Gnomo.

O lugar é lindo, não dá vontade de ir embora! O Vale das Borboletas recebeu esse nome, pois em determinadas épocas do ano podem ser encontradas muitas borboletas voando por ali. Nós vimos algumas espécies pequeninas, mas dizem que no verão aparecem aquelas grandonas de coloração azul metálico.

Cachoeira Vale das Borboletas.
Cachoeira Vale das Borboletas.
Poço do Gnomo.

Com a barriga roncando de fome decidimos seguir para o centrinho de São Thomé e almoçar por lá. O lugar é um charme, com calçamento de pedra, restaurantes, bares e lojinhas espalhadas pelas ruelas estreitas. Também vimos um enorme número de pousadinhas!

Nós resolvemos almoçar no Restaurante da Sinhá. O local é simples, com decoração rústica, achamos o espaço bem agradável e a comida estava saborosa. O preço para comer à vontade estava R$30,00 ou R$46,00 o quilo (junho/2019). Aceita cartão.

Após o almoço fomos caminhar sem rumo pelas ruas. Em frente à Igreja Matriz, localizada na praça central da cidade, pudemos ver os tradicionais e coloridos tapetes de Corpus Christi.

Dentro da igreja, na nave central, encontra-se uma linda pintura de José Joaquim da Natividade, discípulo de Aleijadinho.

Na rua ao lado da Igreja Matriz encontra-se a Gruta de São Thomé, um afloramento de quartzito rochoso formado há 570 milhões de anos. Segundo a tradição oral, um escravo chamado João Antão, teve que fugir da fazenda onde morava, pois descobriram que ele estava tendo um caso amoroso com a irmã de seu senhorio. Apavorado com os terríveis castigos que receberia, partiu para o alto das montanhas, onde encontrou uma gruta, passando a viver ali.

Um dia, um homem de longas barbas e fisionomia bondosa apareceu na gruta. João Antão contou ao misterioso homem sobre o motivo de sua fuga. Este por sua vez, entregou uma carta ao escravo, para que fosse levada ao seu senhorio, o capitão João Francisco Junqueira, dizendo que desta forma ele seria perdoado. Assim o fez. O capitão ficou muito impressionado com o conteúdo da carta, pois escrever bem naquela época era uma coisa muito difícil. Ele quis ir até a gruta para conhecer o autor dos escritos, mas chegando lá não havia ninguém, apenas uma bela imagem de São Thomé apóstolo, esculpida em madeira.

João Antão foi perdoado e João Francisco mandou erguer uma capela ao lado da gruta, que posteriormente deu lugar à Igreja Matriz. A estátua permaneceu por anos na igreja até que desapareceu no ano de 1991.

Na época da construção da capela foram encontradas inscrições na parte externa da gruta, que o povo chamava de “letras”, fato que deu origem ao nome da cidade, São Thomé das Letras. Não se sabe a origem das pinturas, dizem se tratar da aparição de São Thomé ao escravo, outros especulam que foram feitas pelos índios Cataguases, os primeiros a habitar a região, mas também há aqueles que acreditam ser obra de extraterrestres.

No interior da gruta há uma imagem de São Thomé.
Inscrições rupestres na entrada da gruta.

Aproveitamos que estávamos na praça e fomos ao Receptivo Turístico Escravo João Antão para pegar um mapa com os pontos turísticos de São Thomé das Letras. Ao lado há um banheiro público.

Receptivo Turístico localizado na R. José Cristiano Alves, 6.

Também visitamos a Igreja Nossa Senhora do Rosário, conhecida como Igreja de Pedra, localizada próximo à rodoviária. Foi levantada com pedras extraídas da própria região. Esse tipo de construção é típico da cidade de São Thomé das Letras, com pedras sobrepostas e sem argamassa.

Detalhe da parede feita com pedras filetadas.

ONDE NOS HOSPEDAMOS

Após a andança resolvemos ir à pousada para descansar. Como comentei anteriormente, São Thomé das Letras conta com inúmeras pousadas, além de campings e hostels. Há opções para todos os gostos e bolsos.

Como nós decidimos viajar apenas no dia anterior ao feriado, não tivemos muitas opções, grande parte das hospedagens no Booking.com já estava ocupada. Queria um lugar meio afastado da cidade, pois gostamos de sossego, curtir o céu estrelado no meio do mato, essas coisas… rs.

Vi um chalé disponível bem longe do centro, mais especificamente no bairro de Sobradinho. Ciente do trajeto de terra e distância de quase uma hora do centrinho, resolvi arriscar. E gostamos bastante!

Parte da estradinha de terra entre a pousada e centro de São Thomé.

O local chama-se Pousada Árvore Centenária, devido à uma enorme e bela árvore de 400 anos localizada na propriedade.

O chalé era simples e aconchegante, tinha banheiro privativo, frigobar e lareira em frente à cama. Que delícia! Ah, e também tinha algo que até hoje só vimos nesse lugar: varanda com DUAS redes. Só alegria! 🙂

Terminamos a primeira noite em frente à lareira com queijos e vinho que havíamos levado.

Café da manhã!

CACHOEIRAS DE SÃO THOMÉ DAS LETRAS – ROTA 1

No primeiro dia conhecemos o Vale das Borboletas e diante de tantas belezas, ficamos empolgados para conhecer as outras cachoeiras da região.

A partir de uma única estrada de terra consegue-se visitar várias cachoeiras, a maioria tem fácil acesso. Nós decidimos seguir até o fim da estrada e ir voltando e parando nas atrações. Nós fomos com carro comum e foi tranquilo, mas em épocas chuvosas deve-se avaliar a situação, pois alguns trechos são um pouco íngremes.

Um trecho da estrada que leva à cachoeira Antares (aqui estávamos voltando). Nem preciso dizer que o carro voltou completamente marrom depois dessa viagem, né? rs.

Cachoeira Antares


O local conta com estacionamento e lanchonete/restaurante. Há uma taxa de R$5,00/pessoa (junho 2019).

A trilha até a cachoeira passa por entre a mata, é uma descidinha, mas não muito extensa. A queda d’água fica num lugar lindo, uma clareira com rochas e árvores ao redor. Ficamos um tempo ali curtindo aquela paz…

Cachoeira Véu da Noiva e Paraíso


Nessa parada há duas cachoeiras com entrada gratuita. Os carros ficam estacionados na beira da estrada mesmo. A cachoeira Véu da Noiva é mais alta e mais volumosa… linda! A cachoeira Paraíso faz jus ao nome, parece cenário de filme. Tem até uma prainha com areia.

Cachoeira Paraíso.

Antes da próxima cachoeira, nós fizemos uma parada para almoçar num restaurante chamado Filhos da Terra, localizado na estradinha mesmo. Nós gostamos, as mesas ficam em um quiosque aberto, local simples, agradável e com comidinha mineira, ô delícia! O valor para comer à vontade era R$25,00 (junho/2019). Aceita cartão. Nos fundos da propriedade, algumas redes convidam para tirar um cochilo… aproveitamos…

Pausa para um cochilo na rede após o almoço…

Cachoeira do Flávio


A cachoeira do Flávio é gratuita e também estacionamos o carro na beira da estrada. O lugar é pequenino, o poço é raso, mas muito bonito.

Cachoeira Eubiose


Para acessar a cachoeira Eubiose há uma taxa de R$5,00/pessoa. Do outro lado da estrada encontra-se um restaurante. Esta é a cachoeira mais próxima do centrinho de São Thomé. Nós passamos um bom tempo ali, adoramos!

Após as lindas cachoeiras de água cristalina, fomos ao Parque Municipal Antônio Rosa, o local mais visitado para curtir o pôr do sol. Próximo à Igreja Matriz há placas que indicam a direção, fica bem pertinho, uns 5 minutos caminhando.

A Casa da Pirâmide, o Cruzeiro e o Mirante são os pontos mais disputados do parque. A vibe é bem legal, o pessoal vai subindo cantando, também tinha um moço tocando violino.

Casa da Pirâmide. Dizem que o topo da casa é o melhor local para ser abduzido por extraterrestres…
Cruzeiro.

Nesse dia o céu estava cheio de nuvens, mas não deixou de ser um belo momento. A vista lá de cima é de fazer suspirar…

Muitos costumam ficar até mais tarde por lá, alguns inclusive vão de madrugada para curtir o amanhecer, mas li que não é recomendado, pois o local não é seguro, há relatos de assaltos, dizem que São Thomé mudou muito de uns tempos para cá, infelizmente…

Após o lindo entardecer, seguimos de volta ao nosso chalé, mas antes paramos no vilarejo de Sobradinho para comer alguma coisa. O bairro é bem pequeno, não há muitos estabelecimentos, mas encontramos um barzinho bem charmoso e decidimos parar ali. Tomamos uma cerveja, pedimos uma porção de fritas e pizza brotinho. O lugar chama Bendito Paraíso Mágico Gastrobar, depois ficamos sabendo que tinha inaugurado a pouquíssimo tempo.

Também há mesas no interior, mas a noite estava tão gostosa que ficamos ali fora, sob as estrelas… Enquanto aguardávamos nosso pedido, marido notou algo brilhante se movendo rápido no céu. O atendente, percebendo nossos olhares curiosos, foi rápido até nós… “o que vocês viram, o que vocês viram?”, perguntou animado. Ele nos contou que já se deparou com vários objetos voadores não identificados no céu de São Thomé.

Barzinho charmoso próximo à igreja de Sobradinho.

Falando em estrelas, elas deram show em todas as noites, coisa linda de se ver!

CACHOEIRAS DE SÃO THOMÉ DAS LETRAS – ROTA 2

No terceiro dia nós fomos conhecer as cachoeiras localizadas mais próximas ao nosso chalé.

Poço das Esmeraldas


O caminho até o Poço das Esmeraldas não é dos melhores, mas dá para encarar com carro comum. Em dias de chuva deve ficar meio complicado. Tinha lido que a atração ficava em propriedade privada e que era preciso pagar uma taxa. Chegamos numa portaria chamada Portal Esmeraldas, mas o local estava fechado. Batemos palma e uma senhora muito simpática apareceu pouco tempo depois. Ela nos informou que não estavam abertos mesmo, pois o dono havia falecido. Ficamos papeando com ela um tempinho e na hora de nos despedirmos ela disse que se seguíssemos uma trilha para a esquerda, encontraríamos alguns poços muito bonitos, com água cristalina e tom esverdeado.

Deixamos o carro estacionado ali mesmo e seguimos a pé. Não havia ninguém por lá, só ouvíamos os sons da natureza.

O pequenino bairro de Sobradinho visto da trilha.

Chegamos em uma bifurcação e para variar, pegamos o caminho errado… rs. Fomos descendo, descendo e não encontrávamos os tais poços, vimos apenas um riacho láááááá embaixo.

A trilha para o Poço das Esmeraldas é para a direita, não onde estou descendo… rs.

Subimos novamente, pegamos a outra trilha e já estávamos pensando que tínhamos errado de novo quando nos deparamos com essa imagem…

Seguimos em frente, vimos mais um poço semelhante a esse e logo depois um poço enorme, o então Poço das Esmeraldas, lindo! Nós gostamos bastante, achamos que valeu a pena conhecer o local, era perto de nossa hospedagem e fizemos uma caminhada tranquila com bonitas paisagens.

Poço das Esmeraldas.

Li que esses poços foram formados como consequência da extração de quartzo que, devido às perfurações, acabaram atingindo o lençol freático.

Cachoeira do Sobradinho


A cachoeira do Sobradinho foi nossa próxima parada. Voltando do Poço das Esmeraldas vimos uma placa indicando o caminho. Os carros ficam estacionados na estrada mesmo. Há um bar na entrada e não cobram taxa de visitação, apenas pedem uma colaboração de qualquer valor para ajudar na manutenção do local.

A trilha para acessar a cachoeira é bem curta. O local é pequenino, mas encantador. No inverno as cachoeiras ficam bem menos volumosas devido à escassez de chuva, porém não perdem sua beleza.

Na mesma propriedade existe a Gruta do Sobradinho, a qual é aberta à visitação com guias próprios do local. Da cachoeira é possível ver a sede, que possui restaurante, piscinas naturais e espreguiçadeiras. Paga-se R$25,00/pessoa para entrar na gruta e utilizar a estrutura de lazer do local, que também dá direito à entrada na cachoeira do Sobradinho. Nós não fizemos o passeio à gruta.

Lá no fundo fica a sede para quem deseja visitar a Gruta do Sobradinho e utilizar a estrutura de lazer do local (piscinas naturais). Dá para ir a pé até lá.
Localização do Poço das Esmeraldas e Cachoeira Sobradinho a partir do bairro de Sobradinho. Se você pretende visitar a gruta e utilizar as piscinas naturais da sede, veja que a entrada se localiza um pouco antes de chegar ao bairro.

Havia ainda mais duas atrações na região para visitar, a Cachoeira da Chuva e o Poço de Jade, mas quando estávamos no caminho encontramos um carro com um casal que estava vindo na direção contrária. O moço fez sinal para pararmos e nos perguntou se estávamos indo à Cachoeira da Chuva. Ele disse que também estavam indo para lá, mas havia uma subida em que dois carros não conseguiram prosseguir, pois ficavam patinando, falou que era um trecho ruim e que para fazer o retorno foi bem complicado, pois era uma curva em um barranco. Com esse relato nós também desistimos e demos meia volta. Pensamos então em tentar chegar ao Poço de Jade, mas acabamos encontrando um camarada que conhecemos no dia anterior, morador da região, e ele nos contou que o trajeto até lá também era complicado de ser feito com carro comum. Com duas missões abortadas, resolvemos ir conhecer outra cachoeira, localizada entre Sobradinho e o centro de São Thomé.

Cachoeira da Lua


O acesso à cachoeira da Lua é fácil, ela fica bem próximo à estrada. Seu poço tem um bom tamanho e o pessoal se diverte se pendurando em uma corda ali presente e pulando na água. É bem legal ficar assistindo… rs. Dizem que ela tem esse nome devido ao bonito reflexo que pode ser visto em sua superfície em noites enluaradas.

Cachoeira da Lua.

Como já tínhamos visitado todas as cachoeiras, decidimos voltar para o chalé e curtir o fim da tarde por lá, já que à noite íamos num show gratuito que o Ventania ia fazer no barzinho que conhecemos na noite anterior, em Sobradinho.

No caminho paramos para almoçar num lugar bem gostoso. Pedimos arroz, feijão, bifes acebolados, farofa, fritas e salada. Uma delícia! Tudo isso por R$20,00/pessoa (junho/2019), sendo que podia pedir mais arroz e feijão se quisesse. A jarra de suco de laranja foi R$10,00. Pagamento somente com dinheiro.

Parada para o rango!

Ah! E eles fazem fiado (com algumas condições)… rs.

Já no chalé ficamos na rede observando e fotografando os pássaros. Notamos um casal de ave enorme que pousou numa árvore. Nunca tínhamos visto. Dei uma pesquisada e acho que são chamadas maria-faceira (Syrigma sibilatrix).

Esse estava comendo limão-cravo.
Maria-faceira.

Eita vida boa…

Quando começou a entardecer seguimos para o barzinho Bendito para curtir o show do Ventania. A banda Derivados da Natureza estava tocando antes e já havia uma galerinha por lá.

Derivados da Natureza.
Ventania.

A última noite da viagem foi muito legal! Ainda chegamos no chalé e finalizamos uma garrafa de vinho em frente à lareira. Estava fazendo bastante frio por lá…

E assim foram nossos dias em São Thomé das Letras! Nós adoramos a vibe do lugar. Conhecemos ali muitas pessoas que largaram suas vidas na cidade grande e se refugiaram naquele pedacinho místico de Minas Gerais, onde a realidade também não é fácil, mas traz alento diante de tantas belezas naturais.

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