8º dia ~ Kamakura e seus encantos

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Em nosso penúltimo dia de passeio fomos para uma cidade à beira mar: Kamakura.

Kamakura foi a capital do Japão durante o shogunato de Kamakura, que durou de de 1185 a 1333. A cidade é muito conhecida por seus templos e santuários. O Templo Kotoku-in, com a monumental estátua de bronze ao ar livre de Amida Buddha, é o mais famoso deles.

Como chegar a Kamakura

– Na estação Shinjuku nós pegamos um trem da linha JR Shonan Shinjuku até a estação de Kamakura. Apenas trens em direção à  Zushi (cerca de duas partidas por hora), fazem conexão direta para a Kamakura Station. Caso contrário, uma transferência de trens é necessária na estação Ofuna. A viagem de ida, sem transferência de trem, dura cerca de uma hora.

– Se você estiver próximo à Tokyo Station pode pegar um trem da linha JR Yokosuka que vai direto à estação de Kamakura. A viagem de ida leva pouco menos de uma hora. Ao longo do caminho, o trem também para em Shinagawa Station, Yokohama Station, Kita-Kamakura Station, entre outros.

– A maneira mais barata de visitar Kamakura é comprando o  Enoshima Kamakura Free Pass da empresa Odakyu Railways, que inclui a viagem de ida e volta de Shinjuku até Fujisawa e uso ilimitado do trem Enoden (Enoshima Electric Railway). Porém, utilizando este passe, a viagem para Kamakura leva pelo menos 90 minutos, versus cerca de uma hora por JR. Veja mais detalhes do passe aqui.

Se você tiver o JR Pass pode comprar o Kamakura Enoshima Pass, que fornece o uso gratuito de trens JR em torno de Kamakura, da Enoden Line e do Shonan Monorail, válido para um dia. O transporte de/para Tóquio não está incluso, já que você utilizará o JR Pass. Este passe só vale a pena se você visitar mais do que apenas a Kamakura central, por exemplo, se você visitar a ilha Enoshima também. Uma desvantagem deste passe é que ele não pode ser comprado em Tóquio, o que significa que os usuários têm que descer na estação Ofuna para comprá-lo e aproveitar ao máximo. Ele também é vendido nas estações seguintes: Kita-Kamakura e Kamakura.

Como circular por Kamakura e as principais atrações

As principais atrações de Kamakura estão concentradas em três áreas:

Em torno da estação Kita-Kamakura: encontram-se o Engaku-ji e Kencho-ji, os principais templos Zen da cidade.

– Estação Kamakura: Santuário Hachimangu.

– Estação Hase na Linha Enoden: Grande Buda no Templo Kotoku-in e Templo Hasedera.

É possível conhecer muitas atrações de Kamakura à pé, mas se você desejar pode alugar bicicletas, utilizar táxi ou a rede de ônibus da cidade para ir a locais mais distantes, como o santuário Zeniarai Benten e o Templo Zuisenji. Nós fizemos tudo à pé e conhecemos 3 locais, talvez se tivéssemos pego algum transporte teríamos tempo de conhecer mais uma atração.

Clique aqui para ver outras atrações de Kamakura.

Além de Kamakura é possível conhecer a ilha Enoshima, a qual é conectada à cidade por uma ponte. A ilha oferece uma variedade de atrações, incluindo um santuário, parque, torre de observação e cavernas. Em dias com boa visibilidade pode-se avistar o Monte Fuji. Veja aqui um exemplo de roteiro que pode ser feito em um dia combinando Enoshima + Kamakura.

Nosso roteiro

Nós chegamos na estação Kamakura e pegamos um trem da Enoden (Enoshima Electric Railway) sentido Fujisawa para descer na estação Hase, já que queríamos visitar primeiro o Grande Buda. São cerca de 5 minutos de viagem, bem rápido. Da estação Hase até o templo são cerca de 8 minutos de caminhada.

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Trem da Enoden

Kotoku-in Temple e o Grande Buda

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Portão de entrada

O Grande Buda de Kamakura, o Daibutsu, é uma estátua imensa de bronze de Amida Buddha, que está no terreno do Templo de Kotoku-in. Com uma altura de 13,35 metros, é a segunda estátua de Buda de bronze mais alta do Japão, ultrapassada apenas pela estátua no Templo Todai-ji de Nara.

A estátua foi fundida em 1252 e originalmente ficava localizada dentro de um grande salão do templo. No entanto, os edifícios do local foram destruídos várias vezes por tufões e um tsunami nos séculos 14 e 15. Assim, desde 1495, o Buddha fica ao ar livre.

Templo Kotoku-in

  • Horários: 8:00 às 17:30 (até às 17:00 de Outubro à Março)
  • Aberto todos os dias
  • Taxa de entrada: 200 yen

Interior da estátua

  • Horários: 8:00 às 16:30
  • Aberto todos os dias
  • Taxa de entrada: 20 yen

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O Grande Buda de Kamakura.

O ímpeto para esta grande obra remonta aos primeiros anos do século XIII, quando a dama de corte Inadano-Tsubone (uma assistente do Shogun Yoritomo) desejou ter uma imagem de Buda como expressão de sua fé e devoção. Quando Yoritomo morreu, ela passou seus anos restantes procurando fundos para tal projeto. Sua busca ganhou o apoio do grande sacerdote Joko, um nativo da província de Totomi, que a ajudou viajando por todo o país em busca de fundos. Ele conseguiram uma quantidade suficiente para que, em 1238, o trabalho pudesse começar.
A primeira imagem de Buda levou cinco anos para ser concluída, era de madeira e de dimensões desconhecidas, provavelmente algo comparável à imagem atual. Um enorme salão de madeira foi construído em torno dele em 1243. Cinco anos depois, uma tempestade danificou a imagem, então Idanono-Tsubone e Joko propuseram fazê-la em bronze. Embora isso fosse mais caro, ambos conseguiram levantar os fundos necessários. Sem dúvida, eles foram ajudados devido ao sucesso anterior na construção de uma enorme imagem de madeira.

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A posição de suas mãos significa meditação. O ornamento entre suas sobrancelhas é feito de pura prata.

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Os grandes lóbulos das orelhas são característicos de imagens de Buddha.

O local estava cheio, uma excursão escolar havia acabado de chegar. Ficamos um tempo por lá e logo a maioria já tinha ido embora.

É possível conhecer a estrutura interna da estátua (20 yen). Lá dentro é bem apertado e digamos que não é algo que você não pode perder.

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Conhecendo o interior da estátua.

Depois fomos caminhar pela área do templo.

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Este salão é uma relíquia da era colonial. Foi construído na Coreia, provavelmente no século XV, e foi levado até ali antes do fim da Segunda Guerra Mundial.

Havia uma vendinha por lá, como a barriga estava roncando aproveitei e comprei um espetinho de Mitarashi Dango.

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Mitarashi Dango, bolinhos feitos com farinha de arroz  e servidos com uma calda agridoce.

Nossa próxima para foi o Hasedera Temple, localizado a uns 10 minutos de caminhada do templo Kotoku-in. Se você quiser visitar o Hasedera primeiro, ele fica a 5 minutos de caminhada da estação Hase.

Hasedera (Hase Temple)

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Hasedera é um templo da seita budista Jodo, famoso pela estátua Kannon de onze cabeças, a deusa da misericórdia. A estátua dourada de madeira possui 9,18 metros de altura e é considerada uma das maiores esculturas de madeira no Japão. Ela pode ser vista no edifício principal do templo, o Kannon-do Hall.

Segundo a lenda, em 721 d.C. o monge Tokudo Shonin descobriu uma grande árvore de cânfora nas florestas próximo à aldeia de Hase, na região de Nara. Ele notou que o tronco da árvore era tão grande que forneceria material suficiente para esculpir duas estátuas de Kannon. A estátua que ele encomendou para ser esculpida na parte inferior do tronco foi consagrada no Templo Hasedera, perto de Nara, e lá se encontra até hoje. Já a estátua da metade superior do tronco foi lançada no mar com uma oração que ela reapareceria para salvar o povo. Quinze anos mais tarde, na noite de 18 de junho, ela apareceu na praia de Nagai, não muito longe de Kamakura, emitindo raios de luz. A estátua foi então levada à Kamakura e um templo foi construído em sua homenagem.

Além da magnífica estátua de Kannon, o templo abriga um bonito jardim com flores e lagos, uma pequena caverna, uma área repleta de pequeninas estátuas Jizo, um restaurante com linda vista para a praia e um museu.

Hasedera Temple

  • Horários: 8:00 às 17:30 (até às 17:00 de Outubro à Fevereiro). Entrada permitida até 30 minutos antes de fechar.
  • Aberto todos os dias
  • Taxa de entrada: 300 yen

Kannon Museum (Homotsu-kan)

  • Horários: 9:00 às 16:30 (entrada até às 16:00)
  • Geralmente está aberto todos os dias, são raros os dias fechados.
  • Taxa de entrada: 300 yen

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A escadaria presente no jardim te leva a outra área do templo, muito linda também. É lá que se encontram as milhares estátuas Jizo.

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Olhem só quantas estátuas!

Jizo é a divindade guardiã das crianças, ela ajuda as almas de bebês e crianças falecidas a alcançar o paraíso.

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Vi uma senhorinha banhando uma estátua ali presente. Certa vez li em algum lugar que o ato de banhar uma estátua de Buda significava “banhar a si mesmo, em busca de purificação”. Não sabíamos ao certo o motivo, mas repetimos o ritual e agradecemos.

Em outra área havia mais estátuas. Muito mais!

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Em seguida, fomos ao Kannon-do Hall, onde se encontra a grande estátua dourada da deusa Kannon. Não é permitido fotografar dentro dos salões.

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Kannon-do Hall
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Detalhes do telhado.
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E esses coraçõezinhos?
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Lateral do Hannon-do Hall
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Ao lado, encontra-se o Amida-do Hall que guarda a estátua de Yakuyoke, que protege contra os maus espíritos.
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Este é o Shoro Belfry, o campanário que abriga um grande sino de bronze. Seguindo a tradição budista, o sino é tocado 108 vezes começando próximo à meia noite de 31 de dezembro (a última badalada é à zero hora do Ano Novo). Estas 108 badaladas representam os 108 pecados ou desejos mundanos do homem. O sino é tocado para afastar estes desejos, para que possamos entrar purificados no ano que se inicia. O ritual é chamado joya no kane.
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Museu (Homotsu-kan). O pequeno museu exibe alguns artefatos arqueológicos encontrados na época da reconstrução do templo, além de estátuas budistas e outros artigos relacionados.

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O Templo Hasedera foi construído ao longo da encosta de uma colina arborizada. Os principais edifícios do templo ficam a meio caminho da encosta num terraço que permite vistas agradáveis da cidade costeira de Kamakura.

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Este é o Kyozo, local onde o Sutra fica armazenado.
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Os sutras (ensinamentos budistas tradicionais) ficam armazenado nessa estrutura giratória chamada rinzo. É dito que girando o rinzo completamente, você obtém o mesmo mérito daqueles que leram todos os sutras. É possível girá-lo no décimo oitavo dia de cada mês e no Ano Novo.

Nos terrenos do templo também visitamos a pequena Caverna Benten-kutsu, em homenagem a Benzaiten. Ela é a deusa do mar e das águas e a única mulher entre os Sete Deuses da Sorte do Japão. Seus templos e santuários estão sempre localizados próximos à água (mar, rios ou lagos).

Ela é a padroeira das gueixas, dançarinos e músicos.

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Um pequeno torii marca a entrada da caverna.
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O teto é bem baixo.
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Há muitas estátuas esculpidas nas paredes da caverna.
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Olha a altura desse túnel!

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Havia muitas dessas pequenas estátuas! Li que se você deixar uma estátua lá suas chances de enriquecer aumentam.

Próximo à caverna encontramos o Shoin Hall, um local para realizar o Shakyo, que significa “copiar o Sutra”. Este ato é considerado um mérito no budismo, pois o esforço é uma expressão de piedade e reconhecido como uma prática devocional, uma vez que compreende o culto, a literatura e a caligrafia.

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Shoin Hall

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Terminamos o passeio no Restaurante Kaikoan, presente na propriedade do templo. O cardápio era vegetariano.

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Linda vista do restaurante. O almoço demorou um pouquinho para ser servido, mas estava uma delícia.
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Eu comi udon e marido foi de pasta.

Após o almoço fomos caminhando até a próxima atração: Tsurugaoka Hachimangu Shrine. Foi uma bela andança, cerca de 40 minutos.

Primeiro fomos dar uma conferida na praia e molhar as mãos na água do Pacífico… rs.

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Passamos por um córrego no meio da cidade e vimos peixes nadando.

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Nós adorávamos essas máquinas de bebidas, tinha por todo canto.

E finalmente chegamos à entrada do santuário.

Tsurugaoka Hachimangu pode ser acessado a partir da estação Kamakura através da movimentada rua comercial Komachi-dori ou por um caminho para pedestres chamado Dankazura, no centro da Wakamiya Oji Street, o qual possui centenas de cerejeiras ao redor. Via qualquer rota, a caminhada da estação de Kamakura para o santuário leva cerca de 10-15 minutos.

 Tsurugaoka Hachimangu Shrine

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Nós estávamos caminhando pela longa rua Wakamiya e encontramos a passagem para pedestres Dankazura. Ela tem 500 metros de comprimento. Li que este caminho foi totalmente renovado e reinaugurado no final de março/2016. As raízes das antigas cerejeiras estavam danificando a fundação, então foram substituídas por 177 mudas.

O caminho, na época em que fomos, estava enfeitado com milhares de lanternas, coisa mais linda!

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Tsurugaoka Hachimangu é o santuário mais importante da cidade. Foi fundado por Minamoto Yoriyoshi, primeiro shogun do governo Kamakura.

O santuário é dedicado a Hachiman, o deus patrono da família Minamoto e dos samurais em geral. Os santuários Hachiman normalmente cultuam  três divindades: Imperador Ojin, que foi identificado como Hachiman, sua mãe, a Imperatriz Jingo, e a deusa Hime-gami.

  • Horários: 5:00 às 21:00 (a partir das 6:00 de Outubro à Março). Entrada até 30 minutos antes de fechar. Aberto 24 horas de 1º a 3 de Janeiro.
  • Aberto todos os dias
  • Taxa de entrada: gratuito | museu: 200 yen

Tsurugaoka Hachiman incorporou tanto crenças budistas como xintoístas e, até a Restauração Meiji, era conhecido como Santuário e Templo Tsurugaoka Hachiman.

O salão principal (Hongu ou Jogu) está localizado em um terraço no alto de uma escadaria. Na foto abaixo é possível vê-lo. Nele encontra-se um pequeno museu, que exibe vários tesouros de propriedade do santuário, como espadas, máscaras e documentos.

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Uma ponte bem arqueada (Taikobashi) encontra-se logo na entrada.

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Na encontram-se duas lagoas, criados em 1182 sob a ordem da esposa de Yoritomo. A lagoa Genji, à direita, possui lótus de flores brancas, em homenagem ao clã Minamoto, enquanto a lagoa Heike, à esquerda, possui lótus de flores vermelhas, a cor do clã Taira.

Os clãs Minamoto e Taira eram rivais e travaram algumas batalhas (chamadas Guerras Genpei) que tiveram como resultado a vitória do clã Minamoto.

A lagoa Genji tem três ilhas que representam a prosperidade, enquanto a lagoa Heike tem quatro ilhas que representam a morte e a destruição.

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Não conseguimos ver as lótus, pois as folhagens desaparecem sob a água em determinadas estações do ano. A melhor época para vê-las neste santuário compreende os meses de julho e agosto, quando estão em plena floração.

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Bandeiras brancas em homenagem ao clã Minamoto.

Próximo à lagoa Genji, encontra-se o santuário abaixo, conhecido como Hata-age Benzaiten. “Hata-age” significa “levantar a bandeira”. Foi construído em comemoração ao dia em que Yorimoto levantou a bandeira branca de seu clã quando declarou guerra ao clã de Taira.

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Hata-age Benzaiten. Benzaiten é a deusa que sempre tem seus santuários perto da água.
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Este edifício chama-se Maiden. Durante os festivais de verão músicos se apresentam neste local.

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Ao topo da escadaria está localizado o portão que leva aos principais edifícios. Naquela área delimitada à esquerda, havia uma árvore de gingko milenar, era belíssima e um marco da cidade. Infelizmente, ela desabou após um forte temporal. Um projeto de regeneração está em andamento.
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Portão que leva aos salões principais. Nós não tiramos fotos na área interna.

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Depois deste santuário nós ainda queríamos visitar o Hokokuji Temple, conhecido pelo belo e pequeno bosque de bambu Neste templo, estreitos caminhos te levam para uma casa de chá onde, mediante uma taxa, você pode sentar e desfrutar de uma xícara de matcha (um tipo de chá verde forte e amargo), enquanto aprecia a vista para o bosque de bambu.

Bamboo Garden do Templo Hokokuji (li que não é permitido entrar no templo)

  • Horários: 9:00 às 16:00
  • Fechado de 29 de dezembro à 03 de janeiro
  • Taxa de entrada: 200 yen (o serviço de chá custa 500 yen)
  • Como chegar: na estação de Kamakura pegar um ônibus número  鎌23, 鎌24 ou 鎌36 e descer na parada Jomyoji (a viagem leva cerca de 12 min). Do ponto de ônibus até o templo é uma curta caminhada. À pé da estação de Kamakura leva-se em torno de 30 a 40 minutos.

Infelizmente, já eram quase 16h, então não conseguimos visitar este templo e nem outros, pois fechavam cedo.

Talvez, uma opção melhor de roteiro seria: conhecer o templo Hasedera, seguido do Grande Buda, depois o Templo Hokokuji e por fim o Tsurugaoka Hachimangu, que fecha às 21h. Seria bem corrido, mas talvez possível… rs.

Enfim, nós caminhamos mais um pouco pela cidade e depois fomos até a estação de Kamakura para voltarmos à Tokyo.

Foi um dia muito legal, os templos e santuários de Kamakura são muito interessantes, cada um com suas particularidades e atrativos.

O post seguinte será sobre nossos dois últimos dias no Japão…

 

4 Replies to “8º dia ~ Kamakura e seus encantos”

  1. Ótimo post! Vou para lá em abril e vou seguir as dicas. Valeu!!!!

    1. Olá, Lulu.
      Fiquei feliz que gostou do post!
      Que delícia! Tenho uma saudade imensa desse país.
      Uma ótima viagem e aproveite muito!

  2. Oi amiga, nossa, fico aqui admirando tb essas construções, os detalhes são lindos, ah os coraçõezinhos são fofos!
    E os jardim, tudo ao redor das construções são tão lindos! Nossa admiro!
    São mestres mesmo!
    Muitos templos né, ah e aquele túnel, eu não entraria, ai meu Deus, me dá desespero só em ver kkkk
    Bjo
    renovandoacasasempre.blogspot.com.br

    1. Oi amiga! É verdade, tudo é cheio de detalhes e a maioria das coisas tem seu significado. Muitos eu só descobri pesquisando para fazer os posts.
      Ah os jardins são lindíssimos mesmo, dá gosto de ver!
      kkkkkkk lá é bem apertadinho mesmo, não sei como meu marido conseguiu passar… kkk
      Beijos

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